Negro guerra,
entre o céu e a terra,
na luta na espera de um levante popular...
Negro guerra,
entre Zumbi e os Pantera,
entre a favela e os sem terra, construindo, resistindo...
Negro Bantú,
entre o candomblé e o voodoo,
resgatando minhas raízes minha ancestralidade demonizada.
Me pergunto: -O filho "deles" qué sê preto?
Em que circunstância? Por quanto tempo?
Enquanto a moda durá? Com certeza nunca 24 horas por dia...
Mas e os nossos filhos?
Negros por consequência e brancos por consciência,
nossas meninas, lindas negras querendo ser a xuxa.
Não!! Assim num dá!
Não quero loira, nem negra burra.
Quero meu povo podendo pensá,
quero andá de cabeça erguida
e não com um carro de teto solar,
quero cachaça de alambique e não champgne pro ar...
Negro Drama? Não, isso não!
Dramática é a vida do cara pálida capitalista
que acumula riquesa a nossas custas,
mas não preenche o vazio do existir.
Dramática é a falta de humanidade
dos capitães do mato da atualidade
que escondem atrás da farda a pele tão preta quanto a minha.
Dramática Brown, é a consciência individualista,
a idéia de sucesso classista que cria mitos e não parceiros,
o estilo de vida imperialista, a postura de revista
que reafirma o padrão norte americano
o engano consumista.
Dramático é perâmbular pela casa com insônia,
enquanto mulheres de nossa quebrada
sonham em brilhar como antonias!!
Por Daniel
Educador de Audiovisual
Este poema integrou um exercício de interpretação baseado na música Negro Drama dos Racionais MCs
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